Esta semana apenas uma poderosa. Eliana Kertesz, falecida domingo, fazendo uma homenagem póstuma. Repito aqui, o que eu postei no Facebook
Uma palavra para lembrar Eliana Kertesz: ela quebrou padrões. Poderia ter esculpido longilineas deusas magras. Escolheu as gordinhas para mostrar que o importante é a auto estima não os padroes estéticos. Por isso suas meninas dançam felizes la na Ondina na praça que agora leva seu nome.. Monumentos que ficarão para sempre como lembrança de alguem que passou brilhantemente pela política mas que encontrou sia maior expressão na arte. Descanse em paz e que Deus conforte seus familiares
Flores para
Alinne Moraes (bem, fazendo uma antagonista na novela das sete)
Claudia Abreu (levou a novela das empreguetes nas costas)
Ivete Sangalo (com ou sem marketing, brilhou)
Espinhos para
Direção da Globo: demitiu uma série de atores, alguns muito bons e deixou outros horríveis
Taxistas que são contra Uber (há mercado para todo mundo)
Intolerancia que reina entre as pessoas
Nos anos 1970, quando começou o Fantastico, na Globo, a zebra aparecia dando os resultados da Loteria Esportiva e quando algum dos resultados não era o esperado ela dizia:”olha eu ai, zebra”. A origem do termo “deu zebra” no entanto, vem do começo do jogo do bicho. O animal não estava listado entre os 25 bichos da loteria que até hoje corre paralela ao mundo oficial das loterias. Listada, semelhante a um cavalo, prato mais desejado dos leões e outros felinos, a zebra é um parente do cavalo tão arisco que nunca conseguiu ser domesticada.
As zebras são equideos da mesma familia dos cavalos que vivem nas savanas do leste da Africa. Não se encontram a beira da extinção, vivem em bandos, e tem como arma contra os leões e outros predadores sua capacidade de atingir grandes velocidades. Chega a correr até 64km/h. Existem tres especies de zebra. A das planicies, a das montanhas e a zebra de grevy.. A zebra-da-montanha-do-cabo é a menor zebra, de pé mede cerca de 1,2 m na altura do ombro e pesa cerca de 272 kg. As listras da zebra-da-montanha-do-Cabo são ligeiramente mais largas e mais curtas do que as da outra subespécie, a zebra-da-montanha da Namíbia. A zebra-da-montanha-do-Cabo tem uma barbela sob o maxilar inferior, que outras zebras não têm.
Anteriormente acreditava-se que zebras eram animais brancas com listras pretas, uma vez que algumas zebras têm ventres brancos. Evidências embriológicas, no entanto, mostram que a cor de fundo do animal é preto e as listras brancas e barrigas são adições. É provável que as tiras são causadas por uma combinação de fatores. A gestação de uma zebra pode chegar a mais de um ano.e nasce apenas um potro de cada vez.Alem da velocidade, a Zebra dá coices fortissimos e a relatos de leões que foram mortos por elas.
Fonte: wikipedia
Tem gente que tem medo de avião, mas o que mata mais é o trânsito. Todo dia o noticiário está repleto de informações sobre acidentes principalmente na BR-324 uma das principais vias de acesso a Salvador.
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Esse ano, a Regata dos Saveiros João das Botas foi realizada quase na surdina. Muita gente não entendeu nada ao ver um monte de barcos enfeitando a Baia de Todos os Santos no primeiro domingo de março.
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Uma pena que isso tenha acontecido. Alem de uma belíssima festa e uma maneira de preservar uma embarcação tipicamente baiana, o saveiro, é uma festa do calendário oficial que vai sendo relegada ao ultimo dos planos.
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Vai começar a estação das chuvas e ninguém dá mostras de tentar resolver o velho problema da calçada de pedestres ao longo do Colégio Militar na Pituba. Engraçado é que prédios particulares foram ameaçados de receber multa caso não colocassem a guia de cego.
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Dia da poesia, 14 de março, aniversario de nascimento de Castro Alves, e tem gente que não sabia que o nome do poeta mor da Bahia é Antonio Frederico. Vai ver e achavam que ele se chamava Praça ou Teatro.
Uma jovem inglesa casa com um viúvo cheio de segredos e vai morar numa casa na área rural. Rebecca? Nada, pode esquecer. Até porque qualquer semelhança do romance de Daphne du Maurier com O perfume da Folha de Chá, de Dinah Jeffries, começa e acaba no fato de Gwen, assim como a heroína de Rebecca, casa com um viúvo cuja primeira esposa morreu afogada e envolta em segredos. Enquanto Rebecca era fútil, dissimulada e adultera, Caroline, a primeira mulher de Laurence, era doce, suave e todos gostavam dela.
O Perfume da Folha de Chá é ambientado na área rural do Sri Lanka quando o pais ainda era uma colônia inglesa chamada Ceilão. É para lá que Gwen segue recém casada e passa a viver numa bela fazenda de chá, sem compreender as brigas entre etnias, o preconceito dos ingleses para com os criados cingaleses e tâmeis. Ou seja, bem diferente do clima dark de Rebecca. Aliás, Gwen nem precisa enfrentar uma governanta chata. Para “atentar seu juízo” tem sua cunhada mimada e desonesta além de uma banqueira americana que era apaixonada por seu marido.
Em meio a vida na fazenda, as tramoias da cunhada e a presença de um cingalês charmoso, Gwen tem seus filhos gêmeos, é obrigada a fazer uma escolha drástica e aos poucos vai desvendando o mistério que cerca a morte de Caroline, a primeira esposa de seu marido, pouco tempo depois de ter tido seu primeiro filho. É o segundo romance de Dinnah Jeffries, que nasceu na Malasia e foi criada na Inglaterra. Publicado pela Editora Paralela, vale a leitura.
Jane Austen
Daphne du Maurier
Agatha Christie
Clarice Lispector
Cecilia Meireles
Manteiga Milano……………………R$15,98
Caldo Knorr de carne …………….R$2,89
Café Santa Clara (250 g)…………R$ 5,39
Queijo Polenguinho (pacote com 8)…..R$ 7,69
Filé de pescada amarela (quilo)………..R$42,98
Arroz tio joão (1 kg) ……………………….R$3,59
Fonte: supermercado Redemix
Fatima Dannemann
Visito o blog de uma amiga. Lá encontro uma homenagem a Cecília Meireles, biografia, fotos, poemas, textos, comentários sobre sua obra. Nascida sob o signo de escorpião, versátil, sensível, modelo para as mulheres que escrevem, através da Cecília me vêm a mente e todas as poetas que eu conheço, e as que não conheço, todas as poetas que existiram, as que existem e as que ainda vão surgir. E vem uma lista em meu pensamento. Em meio a todas as poetas, alguém especial, que só conheci através dos versos, mas é como se tivesse convivido com ela: Evangelina Moniz de Aragão (Lina de Villar) minha avó. Sim, porque quem escreve versos gera um filho, é assim que me sinto quando escrevo qualquer coisa, e acho que é assim que se sentem todas as pessoas que escrevem ou produzem arte, gerando filhos. Assim, o livro com suas poesias é seu quinto filho e o único que será eterno. Sempre que alguém abre este livro, uma pequena antologia póstuma, sua poesia é perenizada. Isto acontece, claro, com todos os poetas. Mas… As mulheres acabam vendo e sentindo tudo com olhos de mãe. É diferente e inexplicável.
Mulher e poesia. Uma dupla em que os dois elementos, mulher e poesia, combinam perfeitamente. E vão combinar sempre. Seja a mulher que inspira ao bardo os seus mais elevados versos, seja a mulher que apenas senta e traduz seus sentimentos em versos. A musa e a poeta (ou poetisa). Porém, entre ser apenas musa e ser a autora dos versos há uma incrível diferença. Não sei o que minha avó sentia quando abria seu caderninho de poesia para rabiscar seus versos. Mas, imagino ela elegantemente sentada (minha avó faleceu aos 28 anos) naqueles movéis antigos maravilhosos que as famílias costumavam ter, escrevendo o que lhe vinha na alma. Talvez, com perfeccionismo de virginiana, mas cuidando de cada palavra como quem cuida de um bebê, pois cada poema é um pedaço de seu autor, por isto, um filho, tal como uma criança.
Poesia e mulher. Combinamos. Mas, aqui falamos de uma poesia que de fato é poesia, que vem do lado mais elevado de nossa alma, a que nos revela ao mundo, a que nos faz íntima de desconhecidos, companheira de pessoas que jamais encontraremos um dia. Produzir poemas é como um parto. Um parto, sim. Mas não falo de dor. Falo sobre a satisfação de dar forma a uma criação eterna. É um parto tão natural que só ao ver os versos prontos acreditamos: dei luz a uma criatura que transcenderá tempo e espaço, mesmo que fique esquecida em algum papel amarelecido pelos anos no fundo de uma gaveta. É o que eu sinto quando escrevo. É o que acho que Cecília Meireles sentia quando escrevia.
Findo o verso, revisado, corrigido e lido, vem o momento de soltar o filho no mundo. Publicar a poesia ou dar a alguém para lê-la. Vem aquela sensação de dever cumprido: “meu filho está criado e agora vai caminhar sozinho”. Mas, isto também assusta. Que uso farão de meus versos? Ou a que esquecimento ficarão relegados? Os caminhos de um poema transcende tempo e espaço, corremos risco ao soltar os versos no mundo, mas chega um momento que encontramos alguém que leu nosso verso, entendeu, compartilhou de cada sentimento. E aqui falo de poetas e poetas. Homens e mulheres indistintamente, porque arte é arte e não tem sexo. Alguém lê nossos versos e comentam e nesse momento vemos quão íntimos dos poetas são os leitores, apesar de distantes.
Claro que tem poetas e poetas. Agora me refiro às mulheres que escrevem poesia. São as que escrevem poesia com letras maiúsculas. Florbela Espanca, Cecília Meireles, Lya Luft, ah, e deixa ser só um pouco neta coruja, Lina de Vilar. Poetas, poetas de mão cheia, mulheres que tornam o dia a dia das pessoas mais bonito com sua poesia. Como as poetas que fizeram poesia em música. Por exemplo, Dolores Duran, que pode até não estar na moda, mas se eternizou. Poetas pós-modernas como a Ana C. que se foi jovem, Elisa Lucinda, que teatralizou seus versos em recitais que fizeram sucesso no palco. Mestras, imortais e eternas como a Cora Coralina.
E nem falei – ainda – na net. Dizem que todo mundo que entra na net vira poeta. Não é por ai. Escrever em linhas quebradas, contar pseudo-cenas eróticas que muitas vezes não passam de vagas quimeras, exagerar na formatação e na música de e-mails ou sites não significa poesia e mais: não escondem a vulgaridade ou a mesmice de muitos textos que circulam por ai de lista em lista, de blog em blog. Poemas verdadeiros não são simples versos. Poemas são seres completos, elaborados. Poemas são os filhos que uma poeta gera, quando conta sobre a beleza das pequenas coisas da vida, quando se revela por inteira, mostra sua alma sem medo de ser feliz. Poesia e mulher, combinação perfeita. Inseparável e que sempre dará bons filhos. Filhos eternos que levarão pelo mundo, além do tempo e do espaço, a alma de sua mãe. Assim como eu sinto a presença viva de uma avó que eu não conheci, somente ao ler seus versos.
Salvador, 11.11.2003 (postado antes no Recanto das Letras)